História de Japeri

De Belém a Japeri, uma peregrinação geográfica

Quem procurar nos anais do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, uma explicação para o nome Japeri, ficará sabendo que esta denominação substituiu, a partir de janeiro de 1947 o nome de Belém, dado a localidade pelos bandeirantes paulistas, responsáveis por sua fundação e que permaneceram em seu território por quase dois séculos. Segundo registro no livro Toponímico Carioca, a palavra Japeri é de origem indígena e denominava uma planta semelhante ao junco, que flutuava nos pântanos da região, a qual os índios chamavam Yaperi (Yapó-Yui) que em tupi-guarani significa aquilo que flutua. Contudo, não existiam tribos indígenas assentadas em Belém, quando se deu a sua fundação. Os Silvícolas que por aqui passavam eram de tribos Itaguais, que habitavam as terras ‘as margens do rio Guandu, onde se acha hoje o município de Itaguaí.

Mas a história de Japeri tem início, verdadeiramente, no dia 13 de agosto de 1743, quando de sua fundação, por Inácio Dias da Câmara Leme, denominado Morgado de Belém. As terras, que até então pertenciam à Freguesia de Paty do Alferes, passou à Freguesia de Sacra Família de Tinguá, a partir de 1750. Inácio leme, o primeiro Morgado, foi mais tarde sucedido por seu pai, Fernando Paes Leme, o Marquês de São João Marcos, que deu à localidade grande desenvolvimento. Além de incentivar a lavoura, montou vários engenhos de açúcar, construiu inúmeras casas, erigiu a Igreja do Menino de Deus de Belém, inaugurou a primeira escola (em 1872) e até criou um teatro. Ainda por influência do marquês, foi construída a Estrada de Ferro de Dom Pedro II, cuja estação foi inaugurada em 8 de dezembro de 1858.

Com a morte de Fernando Paes Leme, seus herdeiros venderam, em 1890, todo o acervo da fazenda de Belém à Companhia Industrial de seda e Ramie, que dissolvida em 1904, distribuiu suas terras entre seus acionistas, sendo a maior parte, vendida à Empresa de Obras Públicas do Brasil, sendo repassada, dois anos depois, para Raimundo Otoni de Castro Maia. A partir desta época, as terras de Belém passam a viver algo que se pode chamar de peregrinação geográfica, sendo anexadas a outras localidades, de tempos em tempos. Em 1906, a localidade, então distrito de Vassouras cede uma parte de seu território para Nova Iguaçu, anexando-o ao 2º distrito daquele município. No ano seguinte, o distrito de Tairetá volta a ser 7º distrito de Vassouras, e só em 1947 Belém passa a chamar-se Japeri.

No ano de 1951, a antiga Belém passa a constituir, juntamente com Engenheiro Pedreira, o distrito de Japeri, 6º distrito de Nova Iguaçu. Em seguida, as administrações foram consideradas regionais, por haver em um só distrito, duas localidades distintas. Por isso foram criadas as Administrações Regionais de Engenheiro Pedreira e Japeri. Embora não tendo havido medidas complementares, a nova organização serviu para melhorar as relações entre a comunidade e a chefia do Executivo Municipal. Assim, durante mais de duas décadas, vários nomes passaram pela administração regional de Japeri.

A partir de 1989, o município de Nova Iguaçu passou a ter 13 Sub-Prefeituras, e no 6º distrito foram criadas duas delas: Japeri e Engenheiro Pedreira. Por esta razão e por estarem politicamente constituídas em um único distrito, surgiu o primeiro movimento de emancipação, visando a beneficiar a localidade.

Anteriormente, houve a tentativa de anexar o 6º distrito de Nova Iguaçu ao Município de Paracambi. Em seguida, foi efetuada uma nova tentativa de emancipar o 2º e o 6º distrito: Queimados e Japeri, respectivamente. Uma terceira tentativa com o mesmo objetivo foi contida por uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral, que vetava a criação de novos municípios. Contudo, um plebiscito em 30 de junho de 1991, com a finalidade de obter a emancipação política-administrativa de distrito, resultou na criação do Município de Japeri, constituído pelas localidades de Japeri, Engenheiro Pedreira, Jaceruba e Rio D’Ouro.


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